quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Já chegou o disco voador?

Com essa clássica pergunta de um dos episódios mais clássicos do seriado Chaves, começo a falar sobre o ano que está indo embora e que vindo está.

Para fazer um balanceamento geral, foi um bom ano. Nenhuma morte, nenhuma grave doença, nenhuma grande decepção. Isso já é algo positivamente bom. Acompanhado a isso, participei de um projeto no laboratório que participo, meu trabalho  de pesquisa foi premiado como "Melhor trabalho da Sessão", no que ajudei uma amiga foi premiado com uma menção honrosa. Além disso, tive a oportunidade de participar de um seminário fora da universidade. Isso tudo no campo da academia. 

Tive, na segunda metade do ano, que aprender a arranhar tocar violão. Voltei pro curso de inglês. Fiz um trabalho voluntário lecionando Geografia num pré-vestibular e pude ouvir um "gabaritei humanas no ENEM por sua causa, professora" de um aluno com mais de 40 anos. Esse tipo de coisa é que faz a gente ter força pra continuar... 

Pro próximo ano eu não espero muita coisa, de verdade. Como eu já tenho dito, "Em 2014 não quero ser diferente do que fui esse ano. Só quero melhorar e continuar o que comecei em 2013."

Entretanto, planejo algumas coisas. Conto abaixo algumas:

- Ser mais pontual
- Ser mais organizada
- Ser mais responsável
- Ser mais gentil
- Ser mais paciente
- Ajudar mais as pessoas
- Cuidar mais de mim*


*Preciso mesmo praticar algum exercício físico, senão vou morrer de tamanho sedentarismo.


Enfim, feliz 2014 para todos nós. Paz, alegria e vamos manter os pés no chão. Um passo de cada vez.

No meio do caminho

"No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 7 de dezembro de 2013

Pela ponte

Belo mar de esperança
Que reflete em meus olhos tristes
Se aproveitando do reflexo das lágrimas
Que neles existe

Traga a paz, a calma, ó vento sul
Que a alegria volte a sorrir
Enchendo de cores a casa
E deixando a angústia partir

Traga o amor também, ó vento norte
Para aquecer o coração gelado
E cuidar de todos os cortes
Que a vida criou, o deixando flagelado

Que os bons sentimentos habitem em mim
Toda sorte de felicidade caia como orvalho
Para que floresçam e frutifiquem no jardim
Riquezas e felicidades por todos os lados.

domingo, 10 de novembro de 2013

Mais que paixão. É preciso amor.

Estou passando novamente por uma "crise", quase existencial, mas que não a é. 
Tive que fazer uma escolha muito cedo (no meu ponto de vista). Escolhi que queria ser geógrafa aos 16 anos. 
Escolher uma profissão implica em muitas coisas. Antes de tudo, o curso que se vai fazer por longos 4 anos. Meus pais não me influenciaram em nada. Eu escolhi só. O problema disso é que no final você não pode colocar a culpa em ninguém. Ela é sua. 
Estou no 4º período. Um dos piores períodos, daqueles em que nada sai como deveria. Tenho saído pouco, feito pouco do que eu gosto, tem sido desgastante. O problema maior é parar e pensar: será que isso tudo valerá a pena? 

Eu não sei se isso é realmente o que eu gostaria. Eu nunca tive um grande sonho, como aquelas crianças que nascem dizendo "quero ser médico" ou "quero ser veterinária". Não. Na adolescência quis fazer comunicação. Fiz vestibular. Passei. Mas não fui. A paixão pela Geografia foi mais forte. 

Sim, eu sei. Terminarei a faculdade com 20 anos (no mais tardar 21, caso uma disciplina não me permita fazer isso antes). Terei muito tempo pela frente, eu poderia pensar. Afinal, dizia Renato Russo que "temos todo o tempo do mundo. Somos tão jovens!". O problema é que parece que o tempo não será suficiente para comportar todos os planos que temos láaaaa no fundo da alma, da cabeça e do coração. 

Dia desses, uma professora durante uma aula em que ela falava sobre pesquisa que o nosso tema deve nos seduzir. Sim!!!! Foi uma grande verdade o que eu ouvi naquele dia! É preciso que você ame aquilo e não tenha apenas a paixão. A paixão te deixaria motivado nos primeiros dias, mas na primeira dificuldade, você tropeçaria e pararia. O amor não. Como diz na Bíblia "tudo sofre, tudo crê, tudo suporta". 
Isso não é só com a sua faculdade ou profissão. É com sua vida! É preciso mais que paixão. É preciso amor!!!!! Nós devemos amar tudo o que fazemos para que dê certo e mais que isso: que o resultado nos dê prazer! Eu disse prazer e não dinheiro, reconhecimento ou fama. Talvez essas coisas sejam boas, mas ela não é o prazer! Não é a satisfação! Por mais difícil que seja alcançar seu objetivo, será sobre ele que você falará com os olhos brilhando. Será por ele que seu coração arderá e sua motivação será notório a todos. 

Eu não sei hoje o que será de mim daqui a uns 2 anos, sinceramente. A minha oração é que Deus coloque no meu caminho aquilo que fará com que minhas mãos tremam de tamanha alegria, onde meu sorriso seja de "orelha a orelha", onde a Sara interior salte. 

Para tudo, TUDO na vida é preciso mais, muito mais que paixão. É preciso amor. Uma amor eterno e inabalável.




Que Deus nos ajude a encontrar nosso caminho de prazer.


Sara Lemos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A mulher samaritana, o poço e a eternidade.


Há umas  duas ou três semana atrás recebi um convite (muito inesperado) para falar em um congresso para jovens. Eu já estou quase que acostumada a fazer esse tipo de atividade, só que para bem menos pessoas e em locais e estruturas menores. Um congresso aspira responsabilidade. No começo fiquei bastante temerosa, mas por que temer em compartilhar a fé com outras pessoas? O tema era adoração e claro, fomos falar em "espírito e em verdade". A experiência foi ótima e Deus falou a todos os corações - inclusive o meu - por esta pregação. 
Fiz um esboço a fim de organizar o pensamento. Caso haja alguma dúvida, só perguntar nos comentários.


Soli Deo Gloria



Esboço de Pregação. São Gonçalo, 12 de Julho de 2013. Igreja: Ass. de Deus Monte Betel, Arsenal.

Texto Base: O SANTO EVANGELHO SEGUNDO S. JOÃO 4. 1-30; 39-42; 31-34.

CONTEXTO BÍBLICO:

Autor: João, o discípulo amado de Jesus. Pescador, irmão de Tiago, seguidor de João Batista.

Sobre o livro: Escrito 55 anos depois da morte de Jesus, não fez uma reprodução da vida, mas tentou interpretar a vida do Salvador. O tema gira em torno de ser Jesus o Filho de Deus (alguns presbíteros da Igreja da Ásia Menor pediram a João que escrevesse este Evangelho a fim de refutar uma doutrina que negava a deidade de Cristo propagada por um judeu chamado Cerinto. O propósito seria então de convencer os incrédulos e também fortalecer os crentes a permanecerem firmes. Uma das evidências da deidade de Jesus era o uso do termo “Eu sou”, que no hebraico remetia diretamente a Deus.
Ø  No caso desta passagem fica demonstrado que Jesus se revelara como o Cristo, filho de Deus, a reposta para os judeus entrando em total consonância com o propósito central do livro.

EXPLICAÇÃO: Jesus, após saber que os fariseus (judeus ultraconservadores, que observavam minimamente a lei e eram apegados à tradições) tinham ouvido dizer que Jesus batizava mais gente do que João, então saiu da Judeia e foi pra Galileia. Foi necessário que passasse por Samaria. Chegou então perto de um poço, cansado, sentou-se. Veio uma mulher e Jesus disse para ela “Dá-me de beber”. Enquanto isso os seus discípulos tinham ido comprar comida na cidade. A samaritana questiona porque aquele moço (que ela ainda não sabia ser Jesus) estava falando com ela, afinal de conta, esses dois povos não se davam bem. Eles discordavam quanto ao lugar de adoração; os samaritanos achavam ser o monte Gerazim e os judeus, Jerusalém.
            O Senhor então começa um diálogo com ela, dizendo que se ela o conhecesse, pediria água viva. Aí ela fica confusa e questiona se ele era maior do que Jacó (um dos seus pais). Jesus responde que a água que Ele tinha para oferecer, quem provasse dela, jamais tornaria a ter sede e dentro da pessoa passaria a jorrar fonte de água para a vida eterna. A mulher então pede a água para não ter mais sede e não precisar ir no poço retirar.
            Jesus pede para ela, então, chamar seu marido. Ela diz que não tem e Jesus diz que ela acertou, porque ela já havia tido cinco e o que com ela estava, não era nem marido. Sendo assim ela reconhece que havia algo diferente com aquele homem, chamando-o de profeta. Mudando rapidamente de assunto, ela questiona sobre o lugar de adoração, remetendo mais uma vez aos pais da religião (primeiro ela cita Jacó e agora a influência deles sobre essa questão). Jesus então diz que estavam numa hora que o local de adoração não era o mais importante. O que era realmente importante era quem era adorado. Complementou ainda dizendo que os samaritanos adoravam o que não conheciam porque a salvação vem dos judeus (Jesus). Na verdade, aquela era a hora em que os adoradores adorariam em espírito (“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado” Sl 51.17a), ou seja, não da boca pra fora ou apenas por religiosidade, tradição e em verdade (Jesus é a verdade, logo Ele é o único meio para adoração). O Pai procura quem assim adora por intermédio de Jesus, visto que ele é o Caminho. Jesus assume para ela que Ele era o próprio Cristo (Eu o sou). Os discípulos chegaram e ficaram surpresos com a situação. A mulher deixou o local e foi à cidade anunciar a Verdade de Jesus.

APLICAÇÃO:
Ø  V. 4 – Deus tem um propósito para todas as coisas. Ele não passou por lá em vão. Ele tinha algo pra fazer na vida não só da mulher como da Região, porque Cristo foi glorificado através de sua vida. Além disso, apesar da rixa entre os povos, Jesus, diferente de nós, não faz acepção de pessoas. A água viva significa uma vida com propósito e cheia do Espírito Santo. Ter um fonte desse tipo dentro de si era o caminho para a vida eterna. E para ter essa fonte, era necessário nascer de novo, reconhecer que Jesus é o Cristo.
Ø  A mulher foi humilde ao reconhecer que Ele poderia lhe dar essa água. Apenas a partir da humildade é que podemos ser cheios do Espírito Santo.
Ø  Jesus escolhe uma mulher pecadora (caso dos maridos) para revelar que Ele era Deus. Ele podia ter escolhido os religosos (até mesmo os fariseus que ficavam de burburinho), mas preferiu uma pecadora. Deus usa os pecadores (todos nós) para anunciar que Ele é o Senhor. Um outro aspecto importante é que a mulher logo que conheceu Jesus como Cristo saiu a anunciar ao povo. Que esse exemplo de evangelismo sirva a nós.
Ø  Jesus descobre a nossa alma. Assim como ele fez com aquela mulher, Ele é o único que nos sonda e que pode ver se há em nós algum caminho mal (“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno” Sl 139. 23-24)
Ø  A mulher focalizava no local, quando na verdade o que interessava era o objeto da adoração. O tempo havia chegado de que não importava se eram Gerazim ou Jerusalém. A adoração estava centralizada em Cristo e não importava mais o local porque os filhos de Deus passaram a ser o templo do Espírito Santo (Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19)
Ø  A superficialidade fez com que ela questionasse sobre os pais da religião, demonstrando priorização no local e na tradição, quando Jesus chama a atenção para quem deve ser adorado. O local não é de suma importância, se você tem Deus como Pai e se nasceu de novo, se tem vivido uma vida de santidade.  A presença do Filho é o essencial para adoração.
Ø  A salvação vem dos judeus, porque a Salvação era Cristo, que estava ali, a promessa dos judeus cumprida. Um salvador possibilita que pecadores como nós possam conhecer a Deus, adorá-lo e chamá-lo de Pai.
Ø  Não há verdadeira religião sem Jesus. Não há verdadeira adoração sem Jesus.
Ø  Adoremos, porque a Salvação está aqui.
Ø  E que a nosso sustento seja fazer a vontade do Pai, realizando sua obra.

RESUMO: Propósito divino, humildade, homens pecadores, Jesus como Centro da adoração, Adoração em espírito (não da boca pra fora, mas de um espírito vivo em Cristo) e em verdade (centrada em Jesus, porque Ele é a verdade e com sinceridade), Fazer a vontade do Pai deve ser nosso sustento.

REFERÊNCIAS


PIPER, John. Não neste ou naquele monte, mas em espírito e em verdade. Disponível em <http://voltemosaoevangelho.com/blog/2010/03/agnosto-theo-john-piper-nao-neste-ou-naquele-monte-mas-em-espirito-e-em-verdade-13/>


LAWSON, S. J. A arte expositiva de João Calvino. Editora Fiel.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Ed. 1995. Flórida: Life Publishers, 1995.

A Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida no Brasil. Ed. 1995. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

ROBERTO, B. Como ler o novo testamento. Ed. 1979. Rio de Janeiro: Edição Especial Ministérios de Nova Vida, 1979.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

#Dicas de Filme (1) - The Wall - O filme

Já faz um tempo que um amigo do meu namorado me fez uma recomendação e seguindo-a, assisti a esse filmaço. 

Esta é a história de um jovem artista do Rock que perdeu seu pai na Guerra durante a infância, e tornou-se  completamente desestabilizado. Além disso, tem sua mãe super protetora  uma escola que diz o que ele tem que fazer, reprimindo-o, e ainda o problema com seu relacionamento. 

O filme de 1982 quase não tem diálogos e também não possui narração. A história é contada pelas músicas do Álbum The Wall, do Pink Floyd, de 1979 . Além disso, mistura as cenas com lances de animação que completam a estrutura do filme, trazendo um ar imaginativo e ao mesmo tempo  muito real.


Tá aí o filme completo e legendado.



Um abraço e bom filme! :)


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como é viver sem redes sociais

Dá pra viver. 

Quando eu não tinha nada pra fazer, antes, eu ligava o computador, logava nas redes e mergulhava naquele mundo de culturas (in)úteis. E é justamente a troca do uso do tempo a melhor parte.

Na última quinta cheguei da igreja à noite, por volta das 21h20. A noite estava fria e limpa. Fiz algo que há muito tempo (mesmo!!) não fazia. Peguei uma cadeira, coloquei uma cadeira no meio do quintal e fiquei a observar as estrelas. O céu era de um esplendor maravilhoso. Fiquei vendo as que mais brilhavam e outras que poderiam passar quase imperceptíveis. Me lembrei então da história de Abraão, quando Deus fala pra ele contar quantas estrelas tinha e ele disse que não dava, porque eram muitas, e então Deus diz que seria assim sua geração. 


Outra coisa bacana é que criei um projeto de tentar cozinhar. Fiz minha primeira sobremesa. Um pavê de chocolate, que segundo minha mãe (a maior cozinheira de todos os tempos) foi um dos melhores dos já feitos aqui em casa. Ponto pra mim.


Quanto aos estudos, me sinto mais aliviada. Consigo utilizar o computador pra estudar. (risos)


Acho que o único problema que tenho visto mesmo é a comunicação que fica um pouco prejudicada, mas nada que um e-mail ou uma ligação (nem que seja a cobrar rs), resolva.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vida nova. E ainda não é ano novo.


Perdi tempo demais com redes sociais. Fiz muito amigos, mas os que me permanecem comigo ainda são os que conquistei com um sorriso.
Não posso negar que compartilhei coisas boas, conheci pessoas interessantes e não foi de todo, inútil.
Mas quantos livros deixei de ler por ficar preso à uma vida que não era a minha?
Quanto tempo perdi de passar com minha família ou amigos pra ficar à toa numa bodega de rede?

Chega. Me libertei.

Quero a vida, quero as pessoas... físicas! Quero a paz, o amor, a sinceridade de um “olá”. Quero tudo que o virtual não conseguiu me proporcionar.


Enfim, quero viver.